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Reunimos dados nacionais e estaduais para te atualizar a respeito dos números do comércio no Espírito Santo. Confira!

O primeiro trimestre deste ano apresentou sinais mistos para o comércio brasileiro. De acordo com o IBGE, as vendas do varejo cresceram 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o varejo ampliado – que inclui veículos e materiais de construção – teve alta de 1,1%, atingindo novo recorde de vendas.
Apesar desses avanços, o ritmo de crescimento está desacelerando. Em 2024, o comércio havia crescido 4,1% em relação a 2023, o que indica uma perda de fôlego. Essa desaceleração também foi percebida na indústria e nos serviços, sinalizando um cenário de moderação econômica, confirmado pelo Comitê de Política Monetária (COPOM). A inflação acumulada de 5,5% e a alta da taxa SELIC para 14,75% ao ano compõem um ambiente macroeconômico desafiador.
No detalhamento por segmento, os destaques positivos foram materiais para construção (+6,3%) e móveis e eletrodomésticos (+5,8%), enquanto hipermercados ficaram praticamente estáveis e algumas atividades, como livrarias e papelarias, apresentaram queda.
Contraponto capixaba: digitalização, empreendedorismo e equilíbrio fiscal
Na contramão da desaceleração nacional, o Espírito Santo tem mostrado vigor em áreas estratégicas. Um dos destaques do primeiro trimestre foi o salto de 134% no comércio eletrônico capixaba, em comparação com o mesmo período de 2024. O dado evidencia a consolidação da economia digital no estado e o crescimento da participação dos empreendedores locais no e-commerce nacional.
O ambiente de negócios também está aquecido: segundo a Junta Comercial do Espírito Santo, o número de novos empreendimentos formalizados cresceu 31,4%, com 3.363 novas empresas abertas entre janeiro e março.
Em relação ao emprego, os números também são animadores. Em março, o Espírito Santo criou 1.811 novos postos de trabalho formais, contribuindo para a recuperação do mercado laboral no estado. Já na arrecadação estadual, houve estabilidade: foram arrecadados R$ 8,981 bilhões no primeiro trimestre, com uma variação real de 0,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse equilíbrio nas contas públicas, mesmo em um ambiente nacional mais instável, reforça a resiliência da economia capixaba.
O que vem por aí para o comércio brasileiro?
Os próximos meses devem ser marcados por crescimento moderado nas vendas, com ritmo inferior ao observado em 2024. Apesar do bom patamar atual, fatores como a inflação ainda elevada (5,5% em 12 meses), os juros altos (SELIC a 14,75% ao ano) e o alto nível de endividamento das famílias brasileiras continuam limitando o poder de compra da população e impactando o consumo.
A perspectiva é de um cenário mais cauteloso, exigindo estratégias eficientes e atenção redobrada dos lojistas, que deverão equilibrar custos, estoque e expectativas diante de um consumidor mais seletivo e financeiramente pressionado. Em contrapartida, o segundo semestre costuma ser mais movimentado para o comércio. Hora de agir com sabedoria e planejamento!
Iniciativas locais e papel da CDL Vitória
Diante desse cenário, a CDL Vitória segue atenta aos movimentos econômicos e atua para apoiar o comércio local, fomentar o desenvolvimento sustentável dos negócios e incentivar a modernização e a competitividade dos empreendedores capixabas. A entidade acompanha de perto os indicadores econômicos e investe em iniciativas que fortalecem o varejo regional, promovendo capacitação, inovação e representatividade.
Destaques do 1º trimestre de 2025
Brasil
1,2% – Crescimento do comércio varejista
1,1% – Crescimento do varejo ampliado
6,3% – Alta nas vendas de materiais para construção
655 mil – Vagas formais criadas no país
7% – Taxa de desemprego
5,5% – Inflação acumulada em 12 meses
Espírito Santo
134% – Crescimento do e-commerce capixaba
+31,4% – Abertura de novas empresas
1.811 – Vagas de trabalho formais criadas em março
R$ 8,98 bilhões – Arrecadação estadual no trimestre
Fonte: Panorama do Comércio (CNDL), Governo do Espírito Santo e pesquisa.