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O futuro do comércio varejista aponta para transformações profundas, impulsionadas pela crescente digitalização e pelas mudanças nos hábitos de consumo. Com o avanço da tecnologia, novas plataformas digitais e o uso de big data, os lojistas estão cada vez mais capazes de compreender as necessidades dos consumidores, criando experiências personalizadas e inovadoras.
“O e-commerce, que já vinha crescendo, consolidou-se durante a pandemia e continua ganhando espaço no mercado, indicando que o futuro do varejo será híbrido, mesclando o físico e o digital para oferecer uma experiência de compra fluida e sem atritos”, comentou Rogério Alcântara, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Vitória.
Essa tendência de integração entre online e offline, conhecida como omnichannel, será essencial para o sucesso do varejo. As lojas físicas estão passando por uma repaginação: não serão mais apenas locais de transação, mas sim de experimentação e interação com a marca. Muitos consumidores ainda valorizam o contato direto com produtos, especialmente em setores como moda, móveis e eletrônicos. Portanto, a loja física se transformará em um ponto de apoio estratégico para o comércio digital, funcionando como um showroom, ponto de retirada de compras feitas online ou até mesmo como centros de atendimento ao cliente.
Outro fator determinante para o futuro do comércio varejista no Brasil é o uso de tecnologias emergentes como inteligência artificial (IA), realidade aumentada (RA) e automação. A IA permite uma análise mais precisa de dados, ajudando lojistas a prever tendências e comportamentos de compra. Já a realidade aumentada pode transformar a experiência de compra, permitindo que os consumidores “experimentem” produtos virtualmente, enquanto a automação melhora a eficiência operacional, desde o gerenciamento de estoque até o atendimento ao cliente.
A sustentabilidade também tem um papel de destaque. Cada vez mais, os consumidores buscam empresas que adotem práticas responsáveis e sustentáveis. Isso implica em investir em cadeias de suprimentos mais verdes, reduzir o uso de embalagens plásticas e promover iniciativas de reciclagem. Além disso, muitas marcas têm adotado o conceito de economia circular, oferecendo produtos feitos de materiais reciclados ou propondo soluções que prolonguem a vida útil dos itens comprados.
“Por outro lado, o perfil do consumidor brasileiro está em constante evolução. As novas gerações, como os millennials e a geração Z, estão mais conectadas, informadas e exigentes. Eles valorizam a conveniência, a personalização e, acima de tudo, o propósito das marcas. Para atender a essas expectativas, os varejistas precisarão investir em estratégias de engajamento digital, criando conteúdos relevantes e interativos, além de construir uma narrativa de marca que ressoe com os valores desses consumidores”, ressaltou Rogério.
Para o presidente da CDL Vitória, o sucesso estará nas mãos de empresas que conseguirem combinar o melhor dos mundos físico e digital, ao mesmo tempo em que respondem às demandas por sustentabilidade e propósito. “Para os varejistas, esse novo cenário representa tanto desafios quanto oportunidades, e a capacidade de adaptação será essencial para prosperar em um mercado em constante transformação”, disse ele.