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Recuperação do poder de compra, melhora da renda, queda da inflação e redução, ainda que pequena, da taxa de juros, sinalizam momentos de menor turbulência no varejo e os empresários estão mais otimistas para 2024.
Somente para este ano, a previsão é de alta real de 2% das vendas, perspectiva reforçada por dados como: o saldo entre aberturas e fechamentos de lojas no primeiro bimestre foi positivo, com 27,6 mil novos pontos, incluindo físicos e digitais; as quase 5,5 milhões de empresas de comércio em atividade no Brasil também comemoram o aumento de clientes; os lojistas de rua tiveram alta de 11% no movimento; e, entre os trabalhadores formais, 23% (9,9 milhões) estão comércio.
Quando pensamos no avanço do digital, o cenário também é otimista. No mundo, a receita global do varejo em 2022 foi de US$ 28,8 trilhões; 19,8% tiveram origem no e-commerce. No Brasil, as vendas on-line equivaleram a 10% do faturamento total do varejo (R$ 1,7 trilhão) no mesmo período, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. Tomando por base o ranking 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro 2023, o faturamento dos maiores varejistas do país teve crescimento nominal (sem considerar a inflação) de 19,9% em 2022, contra 14,1% do varejo como um todo, segundo o IBGE.
Ou seja, o varejo vem acelerando a sua expansão combinando aquisições e abertura orgânica de lojas, investindo em tecnologia, mas sendo, ao mesmo tempo, humano e se preocupando com a experiência do cliente.
“Assim, se não houver desvio de rota, 2024 será melhor do que 2023. Mas, é claro que existem as pedras no caminho, como o endividamento da população. Apesar dos programas para renovação das dívidas, 78% das famílias continuam endividadas. Além disso, há a questão do crédito, onde os segmentos de compras recorrentes, que praticamente não dependem de crédito e sim dos níveis de emprego, estão num bom patamar, enquanto o varejo de bens duráveis, que é dependente da oferta de crédito, é penalizado pelas altas taxas de juros, sofre mais”, ressaltou o Rogério Abranches Alcântara, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Vitória.
O varejo enfrenta também um modelo desafiador frente ao cenário macroeconômico nacional e global. Nesse sentido, mesmo com os índices em alta, a aprovação da reforma tributária, por exemplo, pode trazer diversos impactos, uma vez que o setor é bastante exposto a benefícios fiscais, principalmente atrelados ao ICMS. Esses benefícios poderão ser reduzidos com a implementação de um imposto único.