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Por FDC, via www.cndl.org.br
A Inteligência Artificial Generativa (GenIA) avança no mundo corporativo, segundo a avaliação das consultorias KPMG e da BCG. Os especialistas da KPMG, por exemplo, apontam que a GenIA será a principal tecnologia emergente nos próximos três a cinco anos. E mais: uma das principais barreiras será a falta de profissionais qualificados.
Os dados fazem parte de dois levantamentos da empresa realizados em 2023, com 200 executivos de corporações estadunidenses que têm receitas acima de US$ 1 bilhão.
A BCG, em outra avaliação, indica demandas mais especificas na área de tecnologia da informação, onde mais de 90% dos empregos deverão ser impactados pela GenIA. Ainda de acordo com a consultoria, os custos de TI devem ser reduzidos em 10% com a adoção da IA generativa, o que abre a oportunidade de relocação dos profissionais para áreas mais estratégicas.
Em resumo: a GenIA veio para ser um copiloto importante das equipes e as lideranças precisam entender e endereçar melhor o potencial da tecnologia dentro dos seus times.
Os especialistas da KPMG dão indicações de onde a tecnologia começa a impactar mais. Além das áreas de TI e de tecnologia como um todo, os setores de operação, marketing e vendas estariam no grupo prioritário.
Para usar a GenIA a favor, a consultoria adianta que as principais preocupações dos líderes em relação ao impacto na força de trabalho estão concentradas na preocupação em torno da saúde mental, diminuição das interações sociais, aumento do desemprego e criação de papéis com habilidades de nicho.
Mais do que isso: em seus dois levantamentos, a KPMG notou uma redução da preocupação em relação ao desenvolvimento e avanço profissional e também da criatividade e inovação, no uso da tecnologia. Ou seja, a GenIA aparece mais como copiloto operacional do que como ameaça.
No caso específico das corporações de TI, a orientação da BCG é que elas comecem centralizando a expertise de GenAI. A ideia é criar um centro de excelência que fica dentro da função de tecnologia. Essa abordagem permitiria que a organização acelere a implementação do GenAI enquanto estabelece barreiras para o uso responsável e ético da tecnologia.
Num segundo passo, entra a descentralização. Isso deve ser feito à medida que as capacidades crescem e o modelo pode envolver esquadrões de GenAI incorporados em unidades de negócios e funções de suporte. Com a descentralização, a responsabilidade da função de tecnologia muda para monitoramento e governança, evoluindo a infraestrutura comum e os padrões de segurança.
O uso de GenIA também está no roadmap da liderança latino-americana, como acontece no setor financeiro. O levantamento Pulso 2024, publicado durante a Febraban Tech desse ano, mostra o que pensam 1.079 gerentes, superintendentes e diretores de tecnologia de diferentes organizações financeiras de 20 países da região a respeito da tecnologia.
Segundo a Agência Brasil, enquanto no Brasil os líderes de instituições financeiras preferem investir em detecção de fraudes (52%) e na avaliação de risco (49%), os demais países da região priorizam a inteligência artificial para chatbots (assistente virtual que usa inteligência artificial para se comunicar com usuários) de atendimento ao cliente (54%).
Para Ian Beacraft, palestrante do evento SXSW de 2024, a adoção da GenIA deve começar agora e ele dá a dica para os líderes, ao destacar que ninguém está 100% pronto para a IA e será necessário desenvolver times de “generalistas criativos”, incentivando a troca de conhecimento, de informações e a colaboração recíproca entre as diversas áreas. Em reportagem da Exame, o consultor define os “generalistas criativos” como pessoas com repertório ampliado, capazes de transitar em diversos temas e disciplinas, e de usar a IA para aprofundar e transformar tal conhecimento, ampliando os horizontes.