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Estabelecer metas é uma prática comum e, muitas vezes, essencial para o sucesso de uma empresa. Se claras e alcançáveis, elas podem motivar equipes, direcionar esforços e medir o progresso ao longo do tempo. No entanto, uma pesquisa apontou que 70% das empresas em todo o mundo têm, em algum momento, metas e indicadores-chave de desempenho (KPIs) inúteis.
Os dados são de um estudo realizado globalmente pela consultoria Gartner com 3 mil executivos. Com isso, é provável que muitos profissionais estejam sendo desnecessariamente pressionados em seus ambientes de trabalho.
Um dado importante listado na pesquisa é que 35% das empresas analisadas têm metas que não estão alinhadas com os objetivos estratégicos. E um quinto delas teria KPIs difíceis ou impossíveis de atingir, piorando ainda mais o cenário. Nos dois casos, a situação inadequada funciona como uma âncora, pesando no trabalho dos colaboradores e no desempenho das empresas.
Mas por que isso acontece e como as empresas podem evitar cair nessa armadilha? “Um dos principais motivos é a falta de alinhamento com a visão e os valores organizacionais. Muitas vezes, as metas são definidas de maneira arbitrária, sem considerar se estão realmente contribuindo para a missão da empresa. Isso pode levar a um descompasso entre as atividades diárias e os objetivos de longo prazo, resultando em desperdício de tempo e recursos”, comentou Rogério Alcântara, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Vitória.
Além disso, algumas empresas caem na armadilha de estabelecer metas excessivamente ambiciosas ou irrealistas. Embora a ambição seja importante para impulsionar o crescimento, metas impossíveis de alcançar podem desmotivar os funcionários e criar um ambiente de trabalho tóxico. Em vez de inspirar a excelência, metas inatingíveis podem levar a sentimentos de fracasso e desesperança.
Outro problema comum é a falta de métricas claras e objetivas para avaliar o progresso em relação às metas estabelecidas. Muitas empresas se concentram exclusivamente em números quantitativos, como vendas ou lucros, sem considerar outros aspectos igualmente importantes, como satisfação do cliente, qualidade do produto ou engajamento dos funcionários. Isso pode levar a decisões de curto prazo que sacrificam o sucesso a longo prazo da empresa.
Então, como as empresas podem evitar cair na armadilha das metas inúteis? “Em primeiro lugar, é essencial que elas estejam alinhadas com a visão, missão e valores da empresa. Devem ser significativas e inspiradoras, fornecendo uma direção clara para toda a organização. Além de específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazo definido. É importante também envolver os funcionários no processo de definição de metas. Eles são a espinha dorsal da empresa e podem oferecer insights valiosos sobre quais objetivos são mais relevantes e realistas”, ressaltou Alcântara.
Por fim, é fundamental que as empresas adotem uma abordagem holística para definir e avaliar metas. Isso significa considerar não apenas números quantitativos, mas também qualitativos. Ao fazer isso, elas podem garantir que estão estabelecendo objetivos que realmente impulsionam o sucesso a longo prazo, em vez de apenas criar a ilusão de progresso.